Em contexto de aulas da unidade curricular criamos uma metodologia de trabalho pro- fissional, onde distribuímos cargos e funções, todosencenámos e todos participámos com a função de ator/atriz. Criou-se um moodboard, onde todos trazíamos referências (fotografias, filmes, imagens, músicas...) para inspiração e produção da peça, representando a essência da peça. Criou-se parce- rias com alunos de cursos de "Som e Imagem" e "Design Gráfico e Multimédia", para a realização de cartazes, publicidade e sonoplastia.

   Dois artistas e uma criança adotada, saltimbancos que andam de cidade em cidade com a promessa de um grande espetáculo que só o homem mais culto, mais religioso, de maior sabedoria é que será digno de assistir. Mil e uma mentiras e esquemas sempre em fervor num jogo de dualidade entre quem vê e não vê, um grande engodo de espetáculo onde não existe nada, mas estes vigaristas fazem oespectador crer que durante o espetáculo, algo está a acontecer. Fazem o espetador sentir que não é digno de assistir, mas este afirma até ao final que vê tudo o que se passa, na tentativa deesconder as suas fragilidades. Será que o ser humano mente para esconder as suas fragilida- des?! Rapidamente esta peça levanta questões ao espetador sobre os nossos filtros em socieda- de e como agimos perante terceiros que afirmam saber mais que nós.

Texto: Jacques Prévert 

Encenação: Maria João Gil, Miguel Castro Caldas
Elenco: Ana Duarte, Beatriz Puga, Eva Luna, Gabriel de Castilho, Gonçalo Silva, Sara Cruz, Tatiana Carriço, Tiago Estremores
Cenografia: Eva Luna, Gabriel de Castilho 
Desenho de luz: Ana Duarte, Gonçalo Silva
Sonoplastia: Gonçalo Silva
Técnico de luz: Israel Paez 
Técnico de som: Israel Paez 
Fotografia: Frederico Teixeira